A injeção intravítrea ou injeção intraocular é uma inovação que trata lesões na retina de forma rápida e indolor.
A técnica é bastante eficaz, pois a medicação fica mais próxima da região a ser tratada, o que potencializa sua ação e diminui possíveis efeitos colaterais.
Nesta postagem, vamos falar de como funciona a injeção intravítrea, se ela dói, suas vantagens em relação a outros tratamentos, se exige anestesia e outros questionamentos.
A injeção intravítrea incomoda ou dói?
Na maioria das vezes, não: o colírio anestésico faz com que a aplicação não doa nem incomode.
Como funciona a injeção intravítrea (injeção dentro do olho)?
Podemos fazer um rápido “passo a passo” do procedimento:
- O paciente dá entrada no hospital de olhos de 30 minutos a 1 hora antes do procedimento.
- É aplicado um anestésico que torna a injeção indolor.
- O procedimento dura, em média, 15 minutos. A pessoa vai para casa no mesmo dia.
- A aplicação deve ser realizada em centro cirúrgico, pois necessitam de uma excelente biossegurança.
Quais são as vantagens da injeção intravítrea?
A grande vantagem da técnica é que o medicamento entra diretamente na cavidade intraocular e sua atuação é potencializada por isso.
Outras vantagens:
- Não exige internação.
- A recuperação é rápida e pouco incômoda.
- Pode ser feita várias vezes em um mesmo paciente, sem consequências negativas.
- Complicações pós-procedimento são raras.
A injeção intravítrea tem riscos e/ou contraindicações?
- As reações adversas são raras e a técnica é considerada muito segura.
- O procedimento só pode ser indicado por um especialista, que, antes, avalia o histórico de saúde do paciente – se ele tem diabetes ou pressão alta, qual medicamentos usa no dia a dia, etc.
Quais doenças são tratadas com a injeção intravítrea?
Vamos ver alguns distúrbios oculares que podem exigir o uso desta técnica:
Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI)
- Causa lesão e desgaste de uma área da retina chamada mácula, responsável pela visão de detalhes.
- A DMRI faz com que surjam vasos sanguíneos abaixo da retina, que deixam a vista embaçada e causam a percepção de manchas escuras no centro da visão.
- É muito comum entre pessoas com mais de 55 anos.
- Como evolui lentamente, a pessoa afetada pode passar anos convivendo com o problema sem saber e sem procurar ajuda médica.
Retinopatia Diabética
- É uma consequência do diabetes.
- A concentração alta de glicose no sangue pode alterar a permeabilidade dos vasos sanguíneos da retina.
- Se os vasos se rompem, sangue e fluido dificultam a visão e podem causar cegueira.
- Tem como sintomas visão turva, distorcida, perda progressiva de acuidade visual. Pode causar descolamento de retina.
Edema macular diabético
- Pode ser considerada uma complicação da Retinopatia Diabética.
- Pode evoluir para um edema.
- É, também, agravado por comorbidades como hipertensão e colesterol alto.
- Faz com que a pessoa veja imagens distorcidas, borradas e tenha dificuldade para diferenciar cores.
- Pode causar perda da visão central.
Oclusão venosa
- Quando um coágulo é formado, uma veia da rotina pode se romper, levando a uma hemorragia ou formação de edema.
- Depois da oclusão, a visão costuma ficar embaçada, com possível formação de uma mancha escura.
- Pode levar a uma perda súbita de visão.
- Idade avançada, colesterol alto, diabetes e glaucoma são riscos.
- Pode evoluir para isquemia e até descolamento de retina.
Uveíte
- É uma inflamação que pode comprometer 100% a úvea ou uma de suas partes, como íris e corpo ciliar. Também pode atingir o nervo óptico e a retina.
- Deixa a visão turva, sensível à luz e causa dor.
- Pode ser causada por vírus, bactérias e fungos.
- Doenças como toxoplasmose, sífilis e herpes simples também podem causá-la.
- Outras razões para uveítes: traumas oculares e corpos estranhos.
Gostou deste conteúdo? Você viu que, apesar de parecer complicada e incômoda, a injeção intravítrea é um procedimento indolor, bastante eficaz e seguro para tratar doenças sérias da visão.
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