Ter dificuldade para enxergar é o que existe em comum entre três doenças refrativas super frequentes: miopia, hipermetropia e astigmatismo. Quando ouvimos falar delas, parecem ser variações da mesma condição, porém cada uma tem características próprias.

Mas afinal, o que difere cada uma? Elas são hereditárias? Como tratar? Confira as respostas para essas perguntas lendo o artigo de hoje. Confira a seguir.

O que difere miopia, hipermetropia e astigmatismo?

Para saber o que as diferencia, é preciso ir detalhando cada uma por partes.

A miopia é caracterizada pela dificuldade para enxergar de longe. É um distúrbio visual de globos oculares mais longos. 

Já o astigmatismo é uma condição na qual a visão fica embaçada e distorcida. Quando a córnea tem uma curvatura irregular, oval, a luz ao penetrar o olho faz um desvio e se concentra em pontos diferentes. Daí a imagem é formada em várias regiões. É possível que o astigmatismo ocorra quando há má formação no cristalino, mas são casos pouco frequentes.

E tem a hipermetropia, que é a dificuldade para enxergar de perto. Ela é o oposto da miopia, neste caso o olho é mais curto. Em globos oculares assim a imagem se forma depois da retina.

É comum que um mesmo olho tenha mais de uma doença refratária, como astigmatismo com miopia ou astigmatismo com hipermetropia. Como, a miopia e a hipermetropia são opostas, a coexistência delas em um mesmo olho não é possível.

O que causa e como ocorre cada uma delas?

As três doenças refrativas podem até ter a mesma consequência, que é a dificuldade para enxergar. Mas as causas de cada uma são diferentes e vão além da forma dos olhos. Veja abaixo:

Miopia

Fortemente associada a fatores genéticos, resulta em um globo ocular mais longo, como já foi mencionado.

Estudos têm conseguido estabelecer uma relação entre a miopia com a intensa exposição às luzes artificiais de dispositivos eletrônicos – celulares, tablets e computadores. Quem fala sobre isso no país é a Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO). 

A miopia pode aparecer na infância ou na adolescência e se estabiliza por volta dos 21 anos de idade. Quando ela se manifesta ou é percebida na vida adulta, é possível que já estivesse presente, mas em grau quase imperceptível e que foi aumentando com o tempo. A miopia pode ser agravada por outras doenças, como catarata ou diabetes.

Hipermetropia

A hipermetropia também conta com um fator genético importante para que ela ocorra, no entanto, pode surgir como um dos efeitos do avanço da idade, quando há uma diminuição da capacidade refrativa do olho. 

Pode aparecer em crianças porque o globo ocular delas é menor, então não é incomum. É possível que ela desapareça naturalmente com o crescimento da criança, mas não é recomendado, nesses casos, deixar o organismo se encarregar de corrigir a condição sozinho. Uma hipermetropia infantil não tratada pode desencadear outros problemas de visão, como o estrabismo acomodativo.

Astigmatismo

No astigmatismo, a visão fica embaçada ou duplicada tanto de objetos próximos quanto distantes.

Alteração no formato da córnea é uma das causas. Enquanto uma córnea normal é redonda e lisa, em uma pessoa com astigmatismo ela costuma ser oval. Daí a luz atinge pontos diversos, o que vai interferir diretamente na formação e interpretação correta da imagem formada.

Qual o tratamento mais indicado para as doenças refrativas?

Antes de tratar, é preciso diagnosticar corretamente. E a melhor forma de fazer isso é consultando um especialista. As queixas e os exames oftalmológicos são o que ajudam a determinar se uma pessoa tem miopia, hipermetropia ou astigmatismo.

Os exames são feitos no próprio consultório e consistem em:

• acuidade visual, incluindo a visualização da sequência de letras;
• pressão intraocular;
• exame de refração;
• exame de fundo de olho.

As formas de tratamento podem ser:

• uso de óculos para longe, para perto ou com lentes multifocais;
• uso de lentes de contato gelatinosas, rígidas ou tóricas;
• procedimento para correção da visão com cirurgia refrativa.

O que você achou deste conteúdo? Aqui, você viu que a miopia, hipermetropia e astigmatismo são erros de refração que causam dificuldade para enxergar. Cada uma delas tem uma causa raiz diferente e, por isso, o tratamento vai ser adequado para cada problema.

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