Saúde ocular: a obesidade pode comprometer a visão? Descubra!

A obesidade é um problema de saúde cada vez mais preocupante. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, até 2030 a estimativa é que a obesidade atinja 30% da população adulta. O excesso de gordura e açúcar no organismo, além de fatores de risco para doenças cardiovasculares, diabetes e hipertensão, também podem causar prejuízo à visão.
Neste texto, vamos saber como a obesidade afeta a saúde ocular e o que se pode fazer para evitá-los. Boa leitura!
Como a obesidade afeta a saúde dos olhos?
Primeiramente, vamos esclarecer: doenças oculares não são uma consequência direta da obesidade. Mas a chance de ter doenças oculares é maior entre esse grupo devido aos efeitos de outros problemas causados pelo excesso de peso, como diabetes e pressão alta.
A hipertensão arterial, por exemplo, pode causar problemas no fundo do olho. Já o diabetes afeta os vasos sanguíneos da retina, causando a chamada retinopatia diabética, condição que, se não for tratada a tempo, pode causar cegueira irreversível.
Quais são as principais doenças oculares relacionadas com a obesidade?
- Retinopatia diabética (RD):
Desenvolve-se a partir do acúmulo de glicose no sangue gerado pelo diabetes, causando alterações nos vasos sanguíneos da retina. Com o tempo, essas mudanças levam ao rompimento dos vasos e afetam a capacidade de enxergar nitidamente.
Por ser assintomática no início, a forma mais apropriada de detecção da doença é ir ao oftalmologista com frequência para identificar alterações e impedir que a retinopatia evolua a ponto de prejudicar a visão permanentemente.
Sintomas: visão embaçada, pontos escuros ou manchas, visão noturna prejudicada.
Tem cura? Não, mas para prevenir o aparecimento ou a progressão da RD os indivíduos com diabetes devem controlar com regularidade os níveis de açúcar e de colesterol no sangue e a pressão arterial. Pode ser tratada também por meio da injeção intravítrea, tratamentos a laser por fotocoagulação e MP laser.
- Degeneração macular relacionada à idade (DMRI)
A doença causa desgaste na mácula, parte central da retina, e forma uma mancha no meio do campo da visão.
O que ela tem a ver com a obesidade? O excesso de peso altera o metabolismo, o que pode danificar os vasos sanguíneos que nutrem a mácula. As lesões na mácula representam o aparecimento da DMRI, que é uma das principais causas de cegueira em idosos.
Sintomas: perda visual progressiva, redução na intensidade ou brilho das cores, dificuldade para reconhecer rostos.
Tem cura? Não, mas a injeção intravítrea diminui a chance de progressão da doença, nos pacientes com este problema. Consultas preventivas com o oftalmologista ajudam a identificar e tratar a doença antes que haja perda de visão.
- Catarata
Ocorre quando o cristalino, a “lente do olho”, torna-se opaco devido ao acúmulo de diversas substâncias, como proteínas e até glicose, na região. A opacidade leva à cegueira e é outra grande causa da perda de visão em idosos. A obesidade, assim como o diabetes, é um dos fatores de risco para esta doença.
Sintomas: visão nublada, sensibilidade à luz, sensação de visão dupla, mudança frequente do grau dos óculos.
Tem cura? A cirurgia para catarata costuma ser bem-sucedida e deve ser feita o quanto antes para facilitar o pós-operatório. Os médicos removem a lente turva do olho e a trocam por uma lente artificial transparente (implante de lente intraocular).
- Glaucoma
O glaucoma é uma lesão progressiva do nervo óptico associada, entre outros fatores, à pressão ocular elevada, mas nem sempre ocorre por isso.
O glaucoma de ângulo aberto é comum em obesos – os canais de drenagem dos olhos são gradualmente obstruídos por partículas, o que causa aumento da pressão ocular.
Essa elevação ocorre aos poucos porque o líquido continua a ser produzido, mas sua drenagem é lenta e gera acúmulo gradativo de lesões no nervo óptico. Em pessoas obesas, a hiperglicemia leva ao acúmulo de glicose nessa região do olho.
Sintomas: é assintomática no início. Quando aguda, há dor ocular intensa, baixa da visão, náuseas e vômito.
Tem cura? Não. Colírios hipotensores são a base do tratamento, mas há opções como cirurgia a laser, implante de válvula para drenagem do líquido intraocular e cirurgias convencionais (trabeculectomia e endolaser).
- Trombose ocular
Ocorre quando se forma um coágulo que impede o sangue de circular na retina, obstruindo a veia central ou um de seus ramos. O coágulo pode causar hemorragias e edemas devido ao impedimento do fluxo sanguíneo e a não drenagem deste. A obesidade é um fator de risco para a trombose ocular, junto com a idade avançada, tabagismo e problemas circulatórios.
Sintomas: visão embaçada, manchas na visão, perda gradativa da capacidade de enxergar.
Tem cura? É necessário identificar e controlar a doença que pode ter causado a trombose para evitar chances de uma nova oclusão ou do outro olho ser afetado. Os tratamentos específicos são cirurgia (em casos mais graves), injeção intraocular com medicamentos ou fotocoagulação a laser, técnica que trata diferentes doenças da retina.
O que você achou deste conteúdo? Nele, vimos que a obesidade é um fator de risco para doenças oculares sérias. O controle do peso é essencial para prevenir esses problemas ou evitar que eles cheguem a níveis mais sérios que levam à perda da visão.
E não esqueça: o Julia Herrera Hospital de Olhos tem a estrutura adequada para cuidar da saúde dos seus olhos e é referência no Amazonas em tratamentos oftalmológicos de média e alta complexidade. Marque sua consulta clicando aqui.