Retinopatia diabética: o que é, causas e sintomas
A retinopatia diabética afeta pequenos vasos da retina e ocorre quando o excesso de glicose no sangue danifica os vasos. Essa complicação é muito delicada, pois pode levar o paciente à cegueira total se não houver um tratamento adequado.
Veja neste post o que você precisa saber sobre essa doença:
- O que é;
- Como prevenir;
- Como diagnosticar;
- Como tratar.
Você pode se interessar também:
– Astigmatismo e miopia: qual a diferença entre elas? Leia!
– Ceratocone tem cura? Descubra as causas, sintomas e tratamentos!
A retinopatia diabética pode ser separada em quatro fases:
Fase Inicial, onde ela ainda não é proliferativa. Nesse momento, ocorrem os microaneurismas, pequenas dilatações que ocorrem nos vasos sanguíneos da retina.
A fase é a moderada, quando alguns vasos sanguíneos são bloqueados.
A fase Severa é o momento em que mais vasos sanguíneos são bloqueados e o sangue para de chegar a várias partes da retina. Consequentemente elas não recebem oxigênio suficientes e enviam informações ao organismo para formar novos vasos para sua nutrição (neovascularização).
A fase mais grave da doença é a retinopatia proliferativa. É considerada a fase mais avançada da doença, fase em que a retina envia vários sinais ao organismo solicitando melhor circulação de sangue.
Isso provoca o crescimento de vasos sanguíneos defeituosos e frágeis. Nesse momento é possível que ocorram hemorragias.
Para evitar esse quadro, os pacientes que sofrem com diabetes precisam manter a taxa de glicose controlada.
Mas o que é diabetes?
Essa é uma doença causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, que é responsável de regular a glicose no sangue e garantir energia para o organismo. Quando há falta da insulina ou algum defeito na sua ação acaba gerando um acúmulo de glicose no sangue, o que chamamos de hiperglicemia.
Diversas situações podem levar ao diabetes, e hoje a grande maioria dos casos está dividida em dois grupos, diabetes tipo 1 e diabetes tipo 2.
Como prevenir a retinopatia diabética?
Para evitar essa doença é necessário que você tome o controle da diabetes.
- Siga as recomendações de seu médico;
- Controle regularmente os níveis de açúcar no sangue;
- Mantenha a pressão arterial sob controle;
- Mantenha um peso corporal saudável;
- Pare de fumar;
- Faça exercícios para ajudar a evitar a pressão arterial elevada.
Diagnóstico da retinopatia diabética
Muitas vezes, os paciente podem nem perceber o surgimento e o avanço da doença, por isso, é necessário reiterar que pessoas com diabetes devem manter o nível de glicose controlado.
O diagnóstico pode ser feito precocemente, por essa razão o médico oftalmologista deve ser sempre consultado. Conheça agora os exames necessários para o diagnóstico da retinopatia diabética!
Tomografia de coerência óptica (OCT)
É o exame ideal para realizar o diagnóstico da retinopatia diabética, pois ele proporciona visualizar a retina e o nervo óptico em três dimensões. O aparelho não encosta no olho, apesar de chegar a apenas alguns centímetros.
A sua definição é bem melhor do que a de um ultrassom. O exame tem sido essencial não somente no diagnóstico de doenças oculares, mas também no segmento de determinadas alterações, principalmente no pólo posterior e da região do disco óptico.
Exame de fundo de olho
O exame é feito dentro do próprio consultório do oftalmologista, que avalia as alterações oculares em pacientes diabéticos. Neste exame são avaliadas as estruturas do fundo de olho, dando atenção ao nervo óptico, aos vasos da retina, e a retina propriamente (especialmente sua região central, denominada mácula).
O princípio óptico consiste na projeção de luz, proveniente do oftalmoscópio, no interior do olho e mediante a reflexão dessa luz na retina é possível observar essas estruturas. Para facilitar e ampliar a visão da retina, o médico geralmente usa um colírio que dilata a pupila, que é o melhor meio para assegurar o diagnóstico.
Quais os tratamentos para retinopatia diabética?
O tratamento da retinopatia diabética pode depender do estágio que a doença se encontra e tem o objetivo de retardar ou parar a progressão da doença.
Na verdade, o melhor tratamento é manter as taxas de glicose no sangue controladas, o que reduz bastante o risco de perder a visão.
A retinopatia não tem cura, o benefício do tratamento é reduzir alguns sintomas e retardar a progressão da perda de visão. Entretanto, sem tratamento adequado, a retinopatia diabética progride de forma constante, levando a complicações graves e até a cegueira irreversível.
Em casos mais graves como a retinopatia diabética proliferativa, por exemplo, ou na presença de complicações como o edema macular diabético, são necessários tratamentos como:
Cirurgia a laser ou fotocoagulação
A cirurgia não cura a doença, mas é uma boa opção de tratamento, pois o laser é uma luz que “seca” os neovasos e reduz o inchaço macular, além de impedir que eles cresçam futuramente.
Também diminui a chance de ocorrer uma hemorragia vítrea ou descolamento da retina, e por isso é muito eficaz em impedir a perda grave da visão.
Terapia antiangiogênica
Esse é um procedimento muito utilizado no tratamento de doenças que afetam a retina. É feita a aplicação de fármacos que diminuem a proliferação e a permeabilidade de vasos sanguíneos no interior dos olhos.
Esses medicamentos são injetados na cavidade vítrea, onde há o gel (humor vítreo) que preenche cerca de 80% do volume do olho.Como você viu, a retinopatia diabética é uma doença que pode tomar proporções muito graves, por isso requer todo cuidado. Tenha a sua saúde como prioridade. Para um diagnóstico e tratamento adequado, entre em contato com o Julia Herrera Hospital de Olhos, clicando aqui. Ou saiba mais em www.juliaherrera.com.br.