4 consequências da diabetes para a retina: descubra aqui!
A diabetes é uma doença séria, que precisa ser acompanhada e controlada para não comprometer a visão. A concentração alta de glicose pode afetar os vasos sanguíneos dos olhos, danificando a retina e causando doenças oculares graves.
Neste conteúdo, vamos falar das formas como a diabetes pode afetar seus olhos e o que você pode fazer para se proteger. Boa leitura!
O que é a retina?
É uma camada fina de tecido localizada no fundo do olho. A retina é formada por milhões de células receptoras de luz, que captam, registram e decodificam ondas luminosas. Elas, por meio do nervo óptico, enviam as ondas luminosas para o cérebro, no qual se forma a visão.
O que é a diabetes?
É uma doença que causa o aumento da glicemia (açúcar no sangue). Níveis altos de glicose podem levar a problemas cardíacos, arteriais, renais e na visão. Em casos mais graves, pode causar cegueira.
A diabetes tipo 2, que ocorre quando o corpo não aproveita apropriadamente a insulina produzida, é a mais habitual e está relacionada a fatores como obesidade, sedentarismo, hipertensão e hábitos alimentares inadequados.
Os olhos são uma das partes do corpo que mais sofrem as consequências quando a doença não é controlada. Neste conteúdo, veremos os principais distúrbios da retina decorrentes da diabetes:
- Retinopatia Diabética.
- Glaucoma.
- Catarata.
- Edema macular diabético.
Os médicos aconselham que pessoas diabéticas façam pelo menos um check-up oftalmológico por ano, mesmo que não tenham notado alterações visuais.
Retinopatia Diabética – o que é e como tratar?
- Ocorre devido ao rompimento de vasos sanguíneos, que provocam o vazamento de fluido na retina, a área do olho que forma as imagens enviadas ao cérebro.
- Com a “morte” das veias da retina, a pessoa passa a ter problemas para enxergar.
- De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a RD atinge mais de 75% das pessoas que têm diabetes há mais de 20 anos.
Alguns dos sintomas da RD são:
- Dor nos olhos.
- Visão embaçada ou distorcida.
- Visão noturna prejudicada.
- Em formas mais agressivas, a doença pode causar hemorragia, descolamento da retina, perda parcial da visão e cegueira.
Como é feito o diagnóstico?
- A melhor forma de identificar a doença é por meio de consultas regulares com um oftalmologista.
- O médico pode pedir exames como exame de fundo de olho com pupilas dilatadas, Tomografia de Coerência Óptica (OCT) e o exame de fundo de olho.
- Se o diagnóstico for feito no início do problema, evita danos mais sérios à retina.
Tem cura?
- Não. Mas combinar medicação com a prática de exercícios e uma dieta saudável, além de ficar atento aos níveis da glicose e pressão arterial, pode controlar o problema e impedir ou frear a progressão da cegueira.
Glaucoma – o que é e como tratar?
- O glaucoma se caracteriza pelo aumento da pressão intraocular, que lesiona o nervo óptico e compromete a visão.
- É a primeira causa de cegueira irreversível no mundo.
- Costuma se desenvolver em pessoas com mais de 40 anos.
Os sintomas do glaucoma são:
- Em geral, o glaucoma é assintomático.
- O principal é a perda da visão periférica, que é sutil no início da doença.
- Frequentemente, a pessoa afetada não repara na perda até ocorrer a “visão tubular”, quando ela vê apenas o que está à sua frente e não os cantos de um ambiente.
- Quando o glaucoma já está bem desenvolvido, causa dor intensa, baixa da visão, náuseas e vômitos.
Como é feito o diagnóstico?
- A melhor forma de detectá-lo é por meio de consultas regulares com um oftalmologista.
- O exame de fundo de olho com pupilas dilatadas é outra forma eficaz de identificação.
- O médico também pode pedir exames como a Retinografia do nervo óptico, angiografia e Tomografia de Coerência Óptica (OCT).
Tem cura?
- Não. Contudo, todos os tipos de glaucoma podem ser identificados e tratados antes de causar danos graves e permanentes.
- O médico pode montar um plano com base em medicamentos e colírios, mas há opções de fazer procedimentos a laser.
- Cada opção deve ser avaliada isoladamente.
Catarata – como identificar e tratar?
- É uma lesão ocular que torna opaco o cristalino (uma lente natural cuja transparência permite que os raios de luz o atravessem e cheguem à retina para formar imagens).
- Pode afetar os dois olhos em períodos diferentes.
- Aos poucos, compromete a visão e, sem tratamento, pode cegar o indivíduo.
- Pessoas diabéticas têm até 60% mais chances de desenvolvê-la.
Alguns dos sintomas são:
- Visão escurecida, turva ou embaçada.
- Dificuldade para ler, dirigir, andar e fazer atividades diárias.
- Visão dupla.
- Sensibilidade à luz.
- Mudança frequente do grau dos óculos.
Como é feito o diagnóstico?
- Por meio de consulta com um oftalmologista. Ele a identifica ao examinar a estrutura interna do olho para saber se o cristalino está opacificado.
- Entre os exames que podem ser pedidos para embasar o diagnóstico estão: ultrassonografia ocular, tomografia de córnea, microscopia especular e biometria ocular.
Tem cura?
- O único tratamento para catarata é a cirurgia, que é rápida, segura e praticamente indolor durante a recuperação.
- No procedimento, o médico troca o cristalino opaco por uma lente intraocular artificial, feita sob medida para a curvatura da córnea do paciente.
Edema Macular Diabético (EMD) – o que é? Como detectar e fazer o tratamento?
- O EMD é uma consequência da Retinopatia Diabética. Ele atinge a mácula, a parte do olho que leva as imagens ao cérebro.
- A mácula é a área da retina responsável pela visão central nítida, que usamos para ler, reconhecer rostos ou dirigir.
- Pode ocorrer em qualquer estágio da RD. Cerca de metade das pessoas que têm retinopatia diabética também têm o EMD.
Os sintomas do EMD são:
- No início, a doença é assintomática.
- Com o passar do tempo, o indivíduo começa a ficar com a visão distorcida e
- sente dificuldade para reconhecer rostos, entre outras mudanças.
Como é feito o diagnóstico?
- Consultas preventivas são a melhor forma de reconhecer a doença e como tratá-la. O médico deve avaliar o histórico do paciente com a diabetes.
- O profissional pode solicitar a realização de exames como o de fundo de olho com pupilas dilatadas, Tomografia de Coerência Óptica (OCT) e angiografia.
O EMD tem cura?
- Não. As estratégias mais bem-sucedidas partem do princípio de controlar os níveis altos de glicose no sangue e/ou a pressão alta.
- Depois disso, o médico começa a cuidar diretamente dos danos à visão.
- O tratamento por injeção intravítrea diminui as chances de a doença progredir.
O que você achou desta postagem? Nela, vimos as consequências mais sérias que a diabetes traz para a retina, cuja função principal é enviar ondas luminosas para a formação de imagens no cérebro. Como as doenças da visão podem ser notadas apenas em estágios mais evoluídos, as consultas de rotina são o melhor modo de detecção.
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