Catarata: Descubra os principais sintomas e quando se preocupar |AGORA!
A principal causa de cegueira no mundo, a catarata, é a doença que afeta a estrutura ocular chamada cristalino, essencial para a formação da imagem. Diversas causas que vão desde questões genéticas a lesões e pancadas, podem causar danos a essa estrutura e ocasionar a perda permanente da visão.
Quer entender melhor sobre a catarata? Fique por dentro dos principais sintomas, causas e formas de prevenção a essa doença lendo o artigo a seguir.
O que é a catarata?
A catarata é uma das principais causas de cegueira no mundo. Geralmente provocada pelo envelhecimento do cristalino ocular, lente transparente posicionada atrás da íris que permite a passagem dos raios de luz até a retina, possibilitando a formação das imagens.
Quais os sintomas?
A evolução da doença é normalmente lenta e pode afetar primeiramente um dos olhos e evoluir mais tarde para o outro.
Apesar de normalmente não apresentar sintomas, quando eles se manifestam normalmente o principal é a perda da nitidez ao enxergar, que inicialmente parece mínima, mas que a partir da evolução da doença se torna mais acentuada e pode levar à perda total da visão.
Entre outros sintomas, estão:
- Enxergar círculos ou arco-íris ao redor das luzes;
- Visão dupla;
- Dificuldade para ler, dirigir e andar;
- Sensibilidade à luz;
- Imagem distorcida;
- Alteração na percepção das cores.
Quais as causas da catarata? Há fatores de risco?
É uma doença multifatorial, ou seja, pode ter inúmeras causas, além de ser classificada em quatro tipos:
Catarata senil – o processo natural de envelhecimento do corpo também afeta os olhos, e o envelhecimento do cristalino torna o ser humano vulnerável ao desenvolvimento da catarata conforme a idade.
É a forma mais comum da doença, e normalmente é diagnosticada em pessoas a partir dos 55 anos de idade.
Catarata congênita – apesar de rara, há casos diagnosticados principalmente em recém-nascidos. A doença se manifesta em decorrência de fatores genéticos, ou por infecções contraídas pela mãe durante a gestação, como toxoplasmose, rubéola, sífilis entre outras. Maus hábitos como o consumo de álcool e o tabagismo também podem tornar o bebé vulnerável ao desenvolvimento de catarata.
O diagnóstico em bebês pode ser mais difícil pois ainda não são capazes de expressar incômodos. Isso somado a característica de geralmente não apresentar sintomas, torna de extrema importância alertar-se para alguns sinais que podem indicar a doença, como:
- Película esbranquiçada dentro do olho;
- Visão opaca;
- Estrabismo;
- Ausência de fixação de objetos.
Outra forma de identificar a doença em recém-nascidos é o teste do olhinho, que é simples e dura em média 3 minutos. Deve ser realizado até 30 dias após o nascimento, e pode identificar além da catarata outras doenças como o glaucoma, tumores, infecções e etc.
Catarata traumática – neste caso a alteração metabólica do cristalino pode ser ocasionada como consequência de pancadas, lacerações, descargas elétricas, queimaduras e perfurações etc.
Acidentes de trânsito e acidentes de trabalho são os principais responsáveis pelos diagnósticos da catarata traumática. Segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os anos cerca de 2 milhões de pessoas perdem a visão permanentemente em decorrência de traumas oculares.
Catarata secundária – neste caso a catarata se desenvolve de forma secundária, normalmente em decorrência ao estilo de vida, doenças associadas ou uso irracional de medicamentos.
Entre os fatores de risco para o desenvolvimento da catarata, estão:
- Diabetes e hipertensão – pessoas com diabetes são mais vulneráveis ao desenvolvimento da catarata, mesmo mais jovens. A hiperglicemia modifica proteínas que ocasionam a opacificação do cristalino, enquanto a hipertensão dos vasos sanguíneos causa danos às estruturas dos olhos.
- Tabagismo e alcoolismo – as toxinas do cigarro quando inaladas, assim como o consumo em excesso do álcool, alteram o metabolismo do cristalino e adiantam o processo natural da opacificação por conta do envelhecimento, mesmo em idade jovem.
- Uso de medicamentos – os efeitos colaterais de alguns medicamentos, como corticóides e betabloqueadores, podem impactar diretamente a saúde dos olhos, aumentando sua sensibilidade e alterando o metabolismo do cristalino.
Diagnóstico e tratamento: como funcionam.
Os pacientes podem não manifestar sintomas, o que torna de extrema importância a consulta periódica com o médico oftalmologista. Por meio da avaliação com um especialista e da realização de exames, onde o médico examina o cristalino do olho por meio de um oftalmoscópio, é possível diagnosticar a catarata e iniciar o tratamento.
Atualmente o único tratamento para a catarata é a cirurgia de substituição do cristalino, que com o avanço da tecnologia, se tornou menos complexa (dura entre 15 e 30 minutos), sendo bem sucedida na maioria dos casos.
A cirurgia de substituição do cristalino é feita com anestesia local, para que uma lente intra-ocular feita sob medida seja posicionada em seu lugar.
O paciente vai para casa no mesmo dia, e deve manter cuidados pós-operatórios, como a aplicação de colírios e pomadas receitadas pelo médico especialista, bem como evitar fazer movimentos bruscos e inclinar a cabeça.
É possível prevenir a catara?
Alguns hábitos são fundamentais para prevenir o desenvolvimento da doença.
Proteger os olhos da exposição direta e excessiva aos raios UV – o uso de acessórios como óculos escuros e chapéus podem minimizar a exposição aos raios solares e retardar o aparecimento não só da catarata, mas de outras doenças oculares como queimaduras de córnea e câncer na pálpebra.
Evitar o uso irracional de medicamentos – como já destacado no artigo, os efeitos colaterais ao uso excessivo de alguns medicamentos como corticóides e betabloqueadores, podem tornar a pessoa vulnerável ao desenvolvimento da catarata.
Prática de atividades físicas e alimentação saudável – o sedentarismo é uma das causas de doenças como diabetes e hipertensão, que são fatores de risco para a catarata. Portanto, é essencial manter a prática regular de atividades físicas, e uma uma alimentação saudável e nutritiva como forma de prevenção.
Consulta periódica – como geralmente não apresenta sintomas, a consulta periódica é a melhor forma de prevenção. Por meio dela é possível identificar a catarata de forma precoce e tratá-la adequadamente, a fim de evitar danos irreversíveis.
O conteúdo foi útil? Esperamos que esse artigo tenha lhe ajudado a entender melhor sobre a catarata, e que agora você busque a avaliação com um oftalmologista regularmente, como forma de prevenir não só a catarata, mas outras doenças oculares. Compartilhe o artigo com aqueles amigos e familiares que não tem o costume de ir ao oftalmologista e incentive a visita ao médico especialista.
Conte sempre com o Julia Herrera Hospital de Olhos para valorizar a saúde dos seus olhos. Somos referência há 30 anos no tratamento de doenças oculares, e possuímos uma estrutura completa para realização de todos os tipos de exames para diagnóstico e tratamento de média e alta complexidade. Agende hoje mesmo a sua consulta com a nossa equipe.
Você também pode se interessar por: 6 coisas que você deve saber sobre a córnea.