Descubra quais são as principais doenças oculares | AGORA!
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, em todo o planeta, cerca de 285 milhões de pessoas estão com a saúde ocular prejudicada de alguma forma na atualidade – e entre 60% a 80% desses casos seriam evitáveis e tratáveis. No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, as doenças oculares mais comuns são:
- Catarata
- Glaucoma
- Retinopatia diabética
- Degeneração macular relacionada à idade
- Ceratocone
Essas doenças surgem por razões diversas, que variam do estilo de vida à predisposição genética e ao descuido com a saúde dos olhos. Se forem diagnosticadas cedo e tratadas, podem evitar a perda da visão. Vamos falar de cada uma delas a partir de agora!
Glaucoma
O glaucoma é uma condição em que a pressão intraocular aumenta, resultando em danos ao nervo óptico e diminuição da visão. No Brasil, o glaucoma é uma das principais causas de cegueira. Nas fases iniciais, o glaucoma geralmente não apresenta sintomas visíveis, e a perda de visão só se torna perceptível nas fases mais avançadas, frequentemente começando pela visão periférica. Os primeiros sintomas são a perda gradual do campo visual. É importante destacar que o glaucoma é uma condição séria, e é essencial que a pessoa busque orientação médica, mesmo que acredite que os sintomas sejam temporários.
Quais são os fatores de risco?
- Hereditariedade.
- Ser diabético.
- Ter mais de 35 anos (mas pode ocorrer com pessoas mais jovens).
- Traumas oculares.
Qual é o tratamento?
- O glaucoma é uma condição ocular que requer tratamento. No início, o tratamento é feito com colírios.
- Em casos em que o glaucoma está associado a outras doenças, como o diabetes, pode ser necessária medicação para tratar a condição subjacente que o causou.
- Dependendo da extensão do problema, a cirurgia a laser pode ser uma opção.
- Embora não haja uma cura definitiva, a maioria dos casos de glaucoma pode ser controlada de forma satisfatória com o tratamento prescrito pelo oftalmologista.
Como prevenir?
- Consultas rotineiras com o oftalmologista, especialmente após os 35 anos. O diagnóstico precoce é essencial para controlar a doença.
- Fazer o tratamento completo e não parar por conta própria.
Retinopatia diabética (RD)
- O excesso de glicose no sangue prejudica os vasos da retina (que é a camada no fundo do olho que permite enxergar cores e detalhes).
- Com o tempo, a visão piora. Um exemplo: 60% das pessoas que têm diabetes tipo 2 há 20 anos sofrem de retinopatia diabética.
- Há sangramento na retina, causando um edema (inchaço).
- Ou os vasos podem se fechar e a retina deixa de receber sangue. Assim, a retinopatia diabética deixa a vista embaçada temporária ou permanentemente.
- A retinopatia diabética também pode alterar a visão das cores e causar manchas ou pontos negros no centro da visão.
Quais são os fatores de risco?
- Tabagismo.
- Exposição solar sem o uso de protetor.
- Pessoas de olhos claros são mais propensas a desenvolver a doença.
- Histórico familiar.
- É mais comum em pessoas a partir dos 50 anos de idade.
Qual é o tratamento?
- O melhor tratamento é controlar as taxas de açúcar no sangue para reduzir os sintomas e desacelerar a perda de visão.
- Se já houver edema (inchaço), pode ser necessário fazer cirurgia a laser.
Como prevenir?
- Manter a pressão arterial controlada.
- Seguir o tratamento para o diabetes.
- Controlar o nível de glicose no sangue.
Catarata
É uma lesão ocular, na qual o cristalino (a “lente natural” dos olhos) fica opaco e a vista embaçada, como se a pessoa enxergasse através de uma névoa. O indivíduo sente dificuldade para ler, caminhar ou dirigir. Muita gente demora a ir ao médico porque pensa que a diminuição da visão é “da idade” e acaba “se adaptando” aos sintomas. O diagnóstico tardio pode levar à perda da visão ou mesmo à cegueira.
Quais são os fatores de risco?
- Pode ser congênita (o que é raro).
- Envelhecimento – a doença costuma aparecer a partir dos 50.
Qual é o tratamento?
- Cirurgia para substituir o cristalino danificado por uma lente intraocular artificial. O procedimento não é demorado, é indolor e bastante eficiente. No Julia Herrera Hospital de Olhos é possível agendar sua cirurgia em até 48 horas!
Como prevenir a catarata?
- Usar óculos escuros com proteção contra os raios UVA e UVB.
- Manter uma dieta rica em frutas, legumes e verduras, que ajudam a prevenir a doença e a degeneração macular.
Degeneração macular relacionada à idade (DMRI)
A doença causa lesão progressiva da mácula, a área central e mais vital da retina, e a consequência é a perda gradual da visão central. A visão central fica debilitada, perdendo detalhes, e linhas retas podem parecer onduladas. As alterações oculares que caracterizam a degeneração macular podem ser identificadas pelo médico com o uso de instrumentos especializados durante o exame. A DMRI é a causa mais comum de perda irreversível da visão central em pessoas com idade mais avançada.
Existem dois tipos de DMRI: seca (ou atrófica, não exsudativa) e úmida (neovascular, exsudativa).
- Seca (não exsudativa ou atrófica)
- Úmida (neovascular ou exsudativa)
Toda DMRI inicia-se como do tipo seca. Algumas pessoas (cerca de 10%) desenvolvem DMRI úmida. Cerca de 85% das pessoas com DMRI apresentam apenas o tipo seco.
A DMRI seca afina os tecidos da mácula à medida que as células desaparecem. Existe o acúmulo de bastonetes e cones, que pode produzir depósitos na retina chamados drusas (manchas amarelas) na retina. Os dois olhos podem ser afetados ao mesmo tempo.
A DMRI úmida se dá quando vasos sanguíneos anormais se desenvolvem na frente da coroide (camada de vasos sanguíneos localizada entre a retina e a camada branca externa do olho, a esclera) sob a mácula, deixando vazar sangue e fluidos. A forma úmida se desenvolve primeiro em um olho, mas também pode afetar os dois olhos.
Quais são os fatores de risco?
- É igualmente comum entre homens e mulheres, porém mais comum entre pessoas de olhos claros e pele clara.
- Histórico familiar
- Tabagismo
- Hipertensão arterial
- Obesidade
- Exposição ao sol sem proteção apropriada
- Doenças cardiovasculares como aterosclerose
- Idade avançada (embora, em casos raros, possa ocorrer em crianças e jovens).
- Dieta pobre em ácidos graxos ômega 3 e em verduras de folhas escuras
Qual é o tratamento?
- A primeira coisa é melhorar o estilo de vida na alimentação e associá-la à prática de exercício físico.
- Podem ser feitos tratamentos com medicamentos antioxidantes, estimulação com laser micro-pulse – scanner laser 577 Yellow para um melhor resultado e terapia antiangiogênica.
Como prevenir a DMRI?
- Não existem formas de evitar a degeneração macular, mas pode-se retardar o aparecimento dela.
- Para isso é importante fazer uso de suplementos, com acompanhamento médico, e principalmente levar um estilo de vida saudável.
- Na forma seca, os comprimidos de antioxidantes reduzem o risco de progressão em cerca de 25%. Consulte sempre um médico oftalmologista para avaliação e tratamento.
Ceratocone
O ceratocone é uma doença hereditária degenerativa que pode surgir durante o princípio da vida adulta, na adolescência e na infância. Esse distúrbio atinge a córnea, causando dificuldades para enxergar. O ceratocone causa uma deficiência na curvatura da córnea e o afinamento gradual desta. No momento em que ela é afinada, o paciente logo passa a ter dificuldade para enxergar com clareza. O ceratocone faz com que a parte central da córnea seja empurrada para fora, formando uma pequena saliência parecida com um cone. Na fase inicial, deixa a visão levemente desfocada e/ou distorcida e causa alta sensibilidade à luz. Em estágio avançado, provoca visão dupla, compromete a visão noturna e piora muito a visão (nem mesmo o uso de óculos ou lentes de contato pode ajudar).
Quais são os fatores de risco?
- Herança genética: vários estudos genéticos identificaram mutações em genes específicos que estão relacionados ao desenvolvimento do ceratocone. Por exemplo, mutações nos genes VSX1, COL4A3, COL4A4, entre outros, podem afetar a estrutura da córnea e levar a sua instabilidade.
- Fatores ambientais: embora a predisposição genética seja importante, evidências sugerem que fatores externos também desempenham um papel no surgimento e progressão do ceratocone. Coçar os olhos de forma frequente e vigorosa, bem como o hábito de apertar os olhos, podem causar atrito e pressão excessiva na córnea, enfraquecendo-a ao longo do tempo.
- Esses comportamentos podem contribuir para o desenvolvimento do ceratocone ou agravar a sua progressão em pessoas predispostas geneticamente.
Qual é o tratamento?
- O ceratocone é uma condição sem cura definitiva, por isso, o tratamento visa principalmente prevenir a progressão da doença e evitar complicações mais sérias.
- Óculos (nos casos menos graves), lentes (quando os óculos não são mais suficientes).
- Implante de anel ocular – o Anel de Ferrara é um dispositivo curvo implantado na córnea, achatando-a para melhorar a visão e restaurando o formato normal.
- Quando a doença atinge estágios mais avançados, pode ser necessário realizar um transplante de córnea, que envolve a substituição de todas as camadas da córnea. Por outro lado, também existe a opção do Transplante Lamelar Anterior Profundo, que visa preservar parte da córnea do paciente.
- Cross-linking: é um procedimento cirúrgico com o objetivo de fortalecer as moléculas de colágeno da córnea. É feita a raspagem da córnea e aplicado um colírio à base de vitamina B2, para em seguida sobrepor o feixe ultravioleta.
Como prevenir o ceratocone?
- Uma medida preventiva importante é evitar ao máximo coçar os olhos no dia a dia. Para pessoas que sofrem de alergias que causam coceira nos olhos, é fundamental tratar a alergia de forma adequada, pois isso pode ajudar a reduzir o impulso de coçar os olhos.
- Quando membros da família são diagnosticados com ceratocone, isso faz com que familiares mais jovens sejam acompanhados e, se necessário, tratados mais precocemente para evitar a progressão do distúrbio.
- Até o momento, a medicina não dispõe de recursos para prevenir o surgimento do ceratocone em pessoas com predisposição genética.
Agora que você possui mais informações sobre as doenças oculares mais frequentes, fique atento aos sintomas, fatores de risco e, principalmente, faça o monitoramento frequente da saúde dos seus olhos. No Julia Herrera Hospital de Olhos, você conta com a ajuda de profissionais especializados, equipamentos de última geração para exames e procedimentos e uma equipe bem treinada para prestar um atendimento de excelência. Fale conosco pelo site ou pelo WhatsApp!